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Burnout: O stress crónico do trabalho

Segundo um estudo recente da DECO, 1 em cada 3 trabalhadores corre risco de desenvolver burnout. Os principais motivos prendem-se com a falta de apoio do seu chefe e colegas, o stress laboral (e a grande quantidade de tarefas que estão a seu cargo), e a pressão excessiva que o seu trabalho acarreta. Mas afinal, o que é e como surge a síndrome de burnout?


O que é a Síndrome de Burnout?


O burnout define-se pelo esgotamento, um estado de exaustão física, emocional e mental. Pode ter várias causas, no entanto é mais frequentemente associado a ambientes laborais stressantes, que causam uma sobrecarga e excesso de trabalho.


A síndrome tem como base três dimensões: esgotamento de energia, emoções negativas associadas ao trabalho e diminuição da produtividade laboral.


Esta perturbação tem maior probabilidade de surgir em indivíduos que apresentam estilos de vida menos saudáveis como fumar, consumo de álcool e/ou drogas ilícitas e dormir menos de 6h/noite.


O burnout pode levar a episódios de despersonalização, onde o indivíduo experiencia sentimentos de irrealidade, de distanciamento de si e dos outros; e redução da realização profissional.


Quais os seus sintomas?


  • Dores de cabeça, costas e/ou barriga;

  • Problemas gastrointestinais;

  • Dificuldade em dormir/Insónias;

  • Fadiga fisica, intectual e emocional ;

  • Mudanças de humor (apatia, tristeza, irritabilidade...);

  • Falta de motivação;

  • Dificuldade em estabelecer relacionamentos sociais;

  • Postura desumanizada, etc.


Apesar de estes serem os sintomas mais comuns do síndrome de burnout, é necessário avaliar a sua duração e intensidade e lembrar também que cada pessoa apresenta uma sintomatologia própria, podendo apresentar outros tipos de sinais da doença.


Como combater o Burnout?


  1. Identificar os fatores de stress. E, se possível, discutir com o chefe as ações que podem ser tomadas de forma a minimizar o impacto destes. Ex: É necessário diminuir a carga de trabalho, pedir ajuda a colegas; desenvolver a sua assertividade no local de trabalho...

  2. Praticar sessões de relaxamento e exercícios de respiração, de forma a aliviar as tensões do seu corpo, e a minimizar estados de ansiedade. A ansiedade reflete-se muito no nosso corpo, e por isso é tão importante praticar exercícios de meditação e respiração profunda.

  3. Praticar atividades lúdicas fora do meio laboral. É importante proporcionar-se momentos de lazer e descontração, que o ajudem a relaxar e a diminuir o stress do trabalho. Muitas vezes, quando se questiona às pessoas "Se não tivesses que trabalhar, o que farias com o teu tempo livre?", muitas delas não sabem dar uma resposta. Pergunte-se: O que é que mais gosta de fazer nos tempos livres? Que atividades lhe proporcionam sentimentos de tranquilidade, alegria e realização pessoal?

  4. Procurar apoio dos colegas, amigos e familiares. Partilharmos as nossas frustrações com alguém próximo de nós ajuda-nos a sentir menos sozinhos, e facilita a nossa reorganização interna. Não está sozinho/a, fale com alguém sobre aquilo que sente.

  5. Praticar hábitos saudáveis (dormir pelo menos 8h/noite, fazer uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, etc.). Por mais cliché que possa parecer, quando os nossos hábitos de sono estão regulados e quando temos uma alimentação saudável torna-se mais fácil lidar com os sintomas físicos da ansiedade, e combatê-los de raiz.

  6. Procurar um profissional de saúde mental. O acompanhamento psicológico tem uma importância fundamental no reequilíbrio emocional e promoção do bem-estar, pois dá ao indivíduo os mecanismos necessário para lidar com o stress no meio laboral. Se quando temos uma dor física vamos ao médico, porque é que não fazemos o mesmo com as nossas dores emocionais? Não é por não as vermos que elas não existem. Elas são reais, e vão continuar a manifestar-se até resolvermos a origem do problema (que lhe está a causar este desgaste emocional).


Esteja atento aos sinais físicos e emocionais. Se se identifica com alguns destes sintomas, não hesite em procurar ajuda psicológica. Lembre-se que não está sozinho, e há profissionais que o podem ajudar a sentir-se melhor. Invista em si! 😊

 
 
 

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