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Não gosto do Natal, e agora? 🎄

depressão no natal

Se, por um lado, está comprovado que o Natal é uma época do ano associada a um maior número de comportamentos solidários e de compaixão, também há estudos que associam esta altura do ano a uma época geradora de maior tristeza, e ansiedade.


Porquê?

O Natal traz consigo uma grande expetativa (propagada pelos media e redes sociais): a ideia da família unida, do amor entre todos, de uma noite bem acompanhada... O que, como sabemos, nem sempre é possível. Por diversas razões desde: estar longe da família e amigos, estar a passar por uma separação, perdas, conflitos familiares, etc.


E quando desenvolvemos altas expetativas para o dia de Natal e elas acabam por não corresponder ao que tínhamos idealizado é natural ficarmos desiludidos, tristes, e muitas vezes, até deprimidos.


Por essa razão, hoje deixo-lhe alguns lembretes importantes para o/a ajudar a combater a tristeza na época natalícia:


  1. Permita-se não gostar do Natal. Ninguém é obrigado a gostar da época natalícia, bem como não somos obrigados a sentirmo-nos bem a toda a hora. E está tudo bem. Somos seres humanos, temos emoções e necessidades diferentes, e cada um de nós é único. A tristeza, a ansiedade ou a saudade são emoções válidas para qualquer altura do ano, que devem ser vividas e respeitadas. ❤️‍🩹


  2. Fale com pessoas que ama sobre o que sente (podem ser amigos, familiares, a sua cara-metade ou colegas de trabalho), e sugira alternativas diferentes para passar este dia.  Transforme esta data noutra coisa, escolhida por si: uma noite temática (com maratona de filmes de terror, sci-fi, comédia, etc.), jantares com comidas diferentes, jogos (tabuleiro, cartas ou videojogos), videochamada combinada para quem mora longe…


  3. Dê permissão para ser um dia “normal”. A própria época natalícia por si já propaga uma ideia muitas vezes irrealista do Natal o que pode desencadear sentimentos de angústia, frustração e tristeza. Não faça comparações, e desfrute cada momento da melhor forma possível. O que é facto é que o Natal é um dia como todos os outros.

    • Trate como um feriado comum: pode acordar tarde, fazer refeições simples, usar roupa confortável…

    • Faça as suas rotinas habituais (como ler o jornal, passear, ir ao ginásio se estiver aberto, fazer uma maratona de séries…).

    • Se fizer sentido: evite as redes sociais e TV para não ser inundado/a por imagens natalícias.


  4. Crie novas tradições nesta época, se fizer sentido para si. Como por exemplo: fazer voluntariado (como o Pai Natal solidário dos ctt, ajudar uma associação, canil, cozinhas solidárias…), viajar (estadia curta num hotel/airbnb), fazer um passeio de um dia inteiro (praia, montanhas, arredores da cidade…), assistir a um espetáculo, cinema, começar um novo hobby (costura, desenho, cerâmica, escrita), pôr as leituras em dia, etc.


  5. E caso precise de estar com a sua família neste dia, mas a convivência em excesso é demasiado para si, mantenha os seus limites. Defina uma hora de chegada e de saída. Combine um “sinal” com alguém de confiança, e permita-se fazer pausas sempre que necessitar. E tenha um plano pós-evento, que o/a faça sentir bem e tranquilo/a (como ver um filme, banho quente, chamada com amigo/a). Lembre-se: “Posso estar presente, sem abandonar as minhas necessidades.”


E caso os sentimentos de tristeza e ansiedade persistam (ou agravem), procure ajuda psicológica. 


Como saber quais são os sinais "de alarme"? Se o sofrimento que sente começar a afetar o seu dia-a-dia, a sua vida pessoal e/ou profissional ou os seus relacionamentos, o apoio psicológico vai-se revelar fundamental para trabalhar problemas psicológicos, desenvolver um maior autoconhecimento e melhorar a sua qualidade de vida e bem-estar. Celebrar esta época não é obrigatório, cuidar de si é! 🤍


 
 
 

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