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Porque devemos ir ao psicólogo?

Atualizado: 26 de jul.

Em Portugal existem cerca de 48 mil pessoas com um diagnóstico de uma doença mental. Sabemos que Portugal é um dos países da UE com maior prevalência nas perturbações de ansiedade, e depressão, e que um terço dos portugueses com uma perturbação psicológica não está a receber o tratamento mais indicado, sendo os principais motivos a falta de disponibilidade financeira, o estigma e a falta de informação sobre qual o papel do psicólogo.


Por essa razão, hoje trago-lhe alguns factos sobre o papel do psicólogo:


1- Ir ao psicólogo não é como “falar com um amigo”. Muitas pessoas acreditam que o psicólogo só ouve, e é o mesmo do que ir conversar com um amigo. É esse tipo de pensamento que os impede muitas vezes de procurar ajuda. O papel do psicólogo não é só escutar, mas também encontrar hipóteses explicativas para o que está a acontecer com o paciente, fornecer-lhe estratégias comportamentais saudáveis e psicoeducá-lo, utilizando os seus conhecimentos técnico-práticos.


2- O psicólogo não passa medicação, passa conhecimento. Ao contrário do psiquiatra, os psicólogos não têm o curso de Medicina, e por isso não podem prescrever medicamentos. Assim, a intervenção psicológica é feita através da interação entre os dois – paciente e psicólogo -, onde um tem o conhecimento científico e técnico, e o outro tem de decidir a melhor forma de colocar essas mudanças em prática.


3- Os psicólogos não são figuras sensacionalistas, que são capaz de mudar a vida das pessoas com uma poção mágica! Na verdade, existem várias abordagens para se usar em psicologia, e com elas várias técnicas diferentes. Cada abordagem clínica tem a sua explicação do comportamento humano, e por consequência, a sua forma de intervir em consulta. Por exemplo, se o psicólogo se identificar com uma abordagem cognitivo-comportamental, isto significa que, em sessão, ele tem um papel mais activo, onde pretende ensinar ao paciente formas mais adequadas de viver a sua vida e identificar e avaliar as suas crenças (pensamentos), e como estas podem interferir no seu comportamento.


Assim, não há nenhuma fórmula mágica que os psicólogos usem para tratar os seus pacientes, e há que ter em conta que cada caso é um caso. Existem sim várias abordagens/modelos psicoterapêuticos em psicologia, que lhe aconselho a ter em conta na hora de marcar a sua consulta de psicologia.


E caso tenha tido uma experiência anterior na qual não se tenha identificado com o seu psicólogo, está tudo bem, pode sempre procurar outro, ou outra abordagem.


Cada psicólogo é, acima de tudo, um ser humano – ele próprio tem os seus valores, e personalidade. E tal como em qualquer relação, tem que haver um match entre o psicólogo e o paciente.🙂



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